ANSIEDADE

De certa forma, todos os dias, nosso cérebro nos dá uma quantidade de “energia” para ser liberada, as vias de liberação dessa energia variam de acordo com a faixa etária. As crianças, por exemplo, vão gastar essa energia nas brincadeiras e no estudo, já os adultos no trabalho, exercícios, atividade sexual, etc. Quando essa “energia” não é liberada acaba se acumulando podendo desencadear quadros depressivos, ansiosos, entre outras consequências.

Mas, e os idosos? O que poderiam fazer para gastar essa energia?

Continuar a trabalhar quando possível, fazer exercícios (caminhada), manter atividade sexual, trabalhos voluntários, evitando assim, a ociosidade que pode desencadear a ansiedade.

Os sintomas principais de quadros ansiosos nos idosos são: dificuldade de concentração, desorientação, perda de memória, dores musculares, dores de cabeça e falta de ar, transpiração excessiva, fadiga, irritabilidade e tensão muscular, insônias, perturbações no sono, problemas gastrointestinais, fobia social, isolamento e angústia.

Muitas doenças clínicas (doença cardiovascular, respiratória, vestibular, hipertireoidismo, por exemplo.) podem mimetizar os sintomas físicos de ansiedade, dificultando ainda mais o estabelecimento da causa dos sintomas. Sendo assim, os sintomas podem ser devidos a doenças diferentes isoladamente (clínica e psiquiátrica) ou a uma associação das duas. Além disso, algumas doenças clínicas acabam produzindo sensações corporais que geram medo, podendo levar ao desenvolvimento subsequente de um transtorno de ansiedade.

Tratamento

Quando a ansiedade é frequente e está causando SOFRIMENTO e/ou PREJUÍZOS ao idoso, recomenda-se usar medicações que venham a aliviar esses sintomas. Existem várias opções de medicações e cada uma possui um perfil de eficácia que deve ser prescrito de forma individualizada.

A Psicoterapia é fundamental para o tratamento da ansiedade no idoso, nela, por exemplo, ele vai poder elaborar suas perdas e criar novas estratégias de adaptação.

É importante também realizar terapia ocupacional, assim como ter momentos de lazer e praticar exercícios físicos. Dentre os exercícios destaca-se a caminhada, atividade natural que traz excelentes benefícios e baixos riscos.

DR. MARCOS PAULO BETINARDI
PSIQUIATRA ESPECIALIZADO NO ATENDIMENTO A IDOSOS

  • Médico Psiquiatra Especializado em Psicogeriatria
    (Psiquiatra Especialista em Idosos)
  • Pós-Graduado em Geriatria e Gerontologia pela PUCRS
  • Pós-Graduado em Neurologia Vascular pelo Hospital Moinhos de Vento
  • Professor e Supervisor do Instituto Abuchaim de Psiquiatria
  • Professor Centro de Estudos Cyro Martins de Psiquiatria